“Caminhante não há caminho. O caminho é feito ao andar”
No passado fim de semana fui caminhar.
Uma amiga telefonou-me e perguntou-me se eu queria ir fazer uma caminhada com um grupo chamado CIMO (Clube Ibérico de Montanhismo e Orientação).
Claro que como adoro caminhar, disse logo que sim e falei com mais algumas pessoas para irem também.
A organização chegou ligeiramente atrasada, mas a adesão foi enorme.
Nunca imaginei que existisse tanta gente a participar numa actividade destas.
Nestes grupos existe todo o tipo de ser humano.
Aqueles que antes de começarem a caminhar já estão a falar pelos cotovelos, os que contam anedotas durante a caminhada, os que cantam sozinhos, os que entoam mantras em grupo e os que caminham em silêncio.
Eu faço parte desse grupo minoritário que aproveita a caminhada para ficar em silêncio, absorver o Sol, o ar e os odores que a natureza nos dá.
Sinto a energia que sai da terra e sinto a presença dos seres elementais que pululam no meio das árvores.
Se caminharmos e virarmos as palmas das mãos para o chão, conseguimos sentir e absorver a energia que sai da terra e assim vamo-nos revigorando a par e passo.
Em Junho quero ir de novo fazer o “Caminho de Santiago”.
Vou criar um grupo para fazermos o “Caminho” juntos e fico feliz por saber que vou contar com a companhia de alguns amigos e em especial com a EdM que desde o início do ano passado me tem acompanhado nas minhas peregrinações, meditações, retiros, etc.
Estou a necessitar de estar comigo durante muitos quilómetros.
Há três anos quando fiz o caminho, muita coisa mudou dentro de mim e à minha volta. Quero, e como quero, sei que vou conseguir, de novo mudar, transformar-me interiormente. Entrar dentro de mim ainda mais fundo. Estar comigo. Estar com o meu EU mais profundo, durante algum tempo e num trajecto que para mim é ÚNICO.
Sem mais comentários.
Beijos de Luz e “Aquele ABRAÇO”.
Até à próxima.
Namastê
Sandra
