23.7.08

Ai e tal...
















“Era uma vez um poeta
Era uma vez uma casa, era uma vez um inverno, um sorriso, uma cidade;
Um grito, uma palavra, um gesto.
E depois era uma vez uma donzela;
E o poeta perdeu-se de encontro a ela.”


in Quase e outros poemas De Querença, Jorge Reis-Sá Luis Noronha da Costa

As separações ou o saber que a pessoa que partilhou muitos momentos, bons e maus ao nosso lado já está virada para um outro ser (mesmo sendo a abominável mulher das neves), é sempre doloroso.
Tenho uma amiga de quem gosto muito, que está neste momento a sofrer uma daquelas dores, não as de parto, mas aquela que nos faz pensar e sentir que somos a pessoa mais infeliz do mundo e arredores.
A dor da perda.
Essa minha amiga viveu anos ao lado de uma pessoa que a amava e a quem ela também amava.
Durante esses anos todos, ela viveu a tentar que ele se modificasse, de acordo com o critério estabelecido por ela de que esse era o seu ideal de companheiro.
Nós não podemos ou pelo menos não devemos, tentar modificar ninguém.
Fartei-me de lhe dizer que se calhar seria melhor ser ela a modificar-se, ou antes, a moldar-se às situações.
Aliás, eu acho que essa situação nem sequer deve acontecer, porque a partir do momento em que tentamos modificar algo na relação é porque está tudo errado.
Mas voltando à minha amiga, eles separaram-se porque ele não aceitou uma “condição” imposta por ela (com imposições, não há relação que resista) e assim sendo ela pediu-lhe que ele se fosse embora.
O ex-companheiro dela ainda andou à sua volta durante (muito mais tempo que eu andaria) algum tempo (um ano e quatro meses) mas neste agora, partiu para outra.
Neste momentito... ela está de rastos.
E eu pergunto: porquê que o ser humano só sente a dor da perda depois das coisas acontecerem?
Porque razão não se rega o jardim do amor?
Porque razão passamos a vida a criticar, a julgar, a atirar em cara tudo e mais um par de botas à outra pessoa?
Ninguém é pertença de ninguém, por isso deveríamos tratar a outra pessoa da forma que gostaríamos de ser tratados.
Se não gostamos de ser criticados, julgados, ameaçados o seja lá que mais “ados” forem, porque razão fazemos tudo isso àquele ser que dizemos amar?
Ninguém gosta, nem se mantém (a não que ser que não tenha os alqueires bem medidos) numa relação onde a outra pessoa está sempre atenta e à espera de uma falha nossa para nos dar na cabeça de imediato.
E depois quando a outra pessoa Baza dizemos “ai e tal, eu sou tão boazinha, ninguém me entende, ele é um malandro, deixou-me, nem sei bem porque rason... mim ser bondosa, carinhosa, e mais “osas”...
Agora vou ser mázzzinha...
Vou...
Nãooooooooooooooooo.
Prontosss inguli a maldade, mim num pode ser má, se não o Unibersozito me cai dan lá cabecita.


Beijos e abracitos iluminados
Namastê
Sandra